Kiss mantém chama do rock acesa

Foto: Luís Carlos Cojorian

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Uma grande celebração do rock. Foi o que se viu na noite de sexta-feira (24 de abril) no show do Kiss aqui em Brasília, no estacionamento do estádio Mané Garrincha. Por cerca de uma hora e quarenta minutos, a banda americana mostrou porque sempre será um dos gigantes do rock e do heavy metal.

A apresentação teve canções de anos mais recentes, porém se concentrou mesmo no repertório clássico dos anos 70. Paul Stanley (vocais e guitarra), Gene Simmons (vocais e baixo), Eric Singer (bateria e vocais) e Tommy Thayer (guitarra solo) divertiram a plateia com hits do quilate de God of Thunder, Deuce, Detroit Rock City, Calling Dr. Love, I Love It Loud, Love Gun e várias outras.

Quem esperou baladas, talvez tenha se decepcionado. Nada de Beth, Hard Luck Woman ou Forever. Só pauleira do início ao fim. Até uma música da fase anos 80 que nem é lá tão top como Lick It up ficou legal. Esta teve direito a citação de We Won’t Get Fooled Again, do The Who.

Chamou a atenção a energia de Paul Stanley e Gene Simmons, ambos sexagenários, mas com pique para tocar e cantar, mesmo com evidentes efeitos do tempo. Nada que comprometa suas performances. Fora isso, dois showmen capazes de manter a galera sob comando a cada simples movimento. Junto aos membros da formação original, Tommy Thayer e Eric Singer (que também já integrou o Black Sabbath) esbanjaram virtuosismo para forjar poderosa base metálica do conjunto nova-iorquino.

E claro que o aspecto visual constitui um espetáculo à parte, com os efeitos que consagraram o Kiss ao longo de seus 42 anos de estrada, como as maquiagens, iluminação, fogos de artifício, elevadores no palco e projetores. Durante War Machine, por exemplo, apareceu um desenho animado com bonecos no estilo Guerra nas Estrelas. Chocante!

Um concerto do Kiss pode ser definido como um circo pós-moderno, mas é, acima de tudo, um show com música de qualidade, visceral. Quando tocaram Rock’n’Roll All Night parecia que o local se transformara num baile, com a plateia dançando freneticamente.

Emoção, alegria, energia, vibração. Com tudo isso, os quatro mascarados mostram que no que depender deles as pedras rockeiras continuarão a rolar por muitos anos. Que assim seja, com as bênçãos do Deus do Trovão!